sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

FÉRIAS!

Mais um ano de batalha, e vitória! Esse BLOG começou como um trabalho acadêmico, e com o fim do semestre acaba-se a obrigação, mas foi uma experiência tão legal que resolvi continuar, agora com mais liberdade, abrangendo vários temas mas sempre relacionado à saúde e nutrição.

Quero agradecer à aqueles que visitaram e nos prestigiaram. Espero ter sempre novidades para compartilhar e dividir aquilo que aprendo.

Até breve!
EDNA.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Hummm, que fome! Le menu, s'il vous plaît.

                                           Cardápio

O cardápio é uma lista de preparações culinárias que irá compor uma refeição e é parte importante de um  plano alimentar.

Para uma adequação perfeita do cardápio, deve-se observar alguns critérios:
  • sexo, idade, peso atual,
  • condições fisiológicas especiais :gestação, crescimento e lactação;     
  • atividades desenvolvidas: trabalho, esporte e estudo;
  • outras condições que possam influenciar no plano alimentar: hábitos de vida, restrições em função de patologias, religião, condições econômicas e culturais;                             


Uma alimentação adequada e saudável é a que atende ás necessidades nutricionais de uma pessoa. Por isso, a importância de se incluir na dieta alimentos que proporcione quantidades suficientes equilibradas de nutrientes. Portanto, o nutricionista é o  profissional de saúde que pode orientar na preparação de uma dieta adequada.






Como sugestão segue um cardápio de 2000 kcal, para um adulto saudável, que não tem nenhuma patologia.



                                              
                                                        
Café da manhã : 480 kcal

Leite integral:  1 xícara (200g)
Achocolatado: 1 colher sopa rasa (11g)
Pão de forma de centeio: 2 fatias ( 60 g)
Presunto: 2 fatias (30g)
Queijo mussarela: 1 fatia(20g)
Mamão: 1 fatia média (170g)

Lanche da manhã:  120 kcal

Iogurte morango: 1 unidade (120 g)

Almoço: 700 kcal

Salada de agrião: 4 colheres sopa cheia (30 g)
Filé de frango gralhado: 1 bife médio (100 g)
Salada de legumes cozido: 3 colheres sopa cheia (90 g)
Arroz branco: 1 concha média cheia (100 g)
Feijão: 1 concha média rasa: (80 g)
Azeite: 1 colher de sopa   (8 g)
Doce de mamão verde:  3 colheres de sobremesa rasa (60 g)

Lanche da tarde: 200kcal
Suco de laranja: 1 copo pequeno (100 g)
Bolo chocolate simples: 1 fatia pequena (30 g)


Jantar: 400 kcal

Salada: Acelga 1 folha (10 g)
              Tomate: 2 fatias (20 g)
              Azeite: 1 colher de sobremesa (5 g)

Peixe cozido picado: 4 colheres sopa cheia (80 g)
Arroz branco: 1 concha média (100 g)
Maçã: 1 unidade sem casca (80 g)

Ceia: 100 kcal

Chá :  quantidade suficiente
Açúcar : 1 collher de sopa rasa (15 g)
Biscoitos  Cream Cracker: 2 unidades (10 g)




Referências:
GALISA, M. S.; ESPERANÇA,L .M. B.;SÁ, N. G. Nurição, Conceitos e Aplicações. São Paulo:M Books do Brasil Editora LTDA., 2008.
PHILIPPI, S. T. Pirâmide dos alimentos: Fundamentos básicos da nutrição. São Paulo: Manole, 2008.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Água e a Vida andam de mãos dadas.




“Pois o Cordeiro que se encontra sentado no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida.” Apocalípse. 7:17





A água é o constituinte mais abundante do corpo e um nutriente fundamental para manutenção da vida. 
Desempenha papel importante na manutenção do volume plasmático, atua controlando temperatura corporal, age no transporte de nutrientes e eliminação de substância e participa de forma ativa nos processos digestório, respiratório, cardiovascular e renal.


A água é composta por vários minerais, seja de forma natural ou acrescidos, como cálcio, cloro, enxofre, ferro, potássio, flúor, manganês e sódio, sendo que as águas subterrâneas retiram das rochas e sedimentos esses nutrientes.


A água é essencial para os tecidos corporais  pois ela atua como meio para as reações químicas. A água corporal é distribuída em água extracelular, que se encontra no plasma, linfa e secreções; e intracelular, que está contida dentro da célula. Além dessas, há a que se encontra ao redor das células.


O nosso organismo não armazena água; a cada 24 horas perde-se uma quantidade considerável que deve ser reposta. A recomendação para um adulto é de 1 ml/kcal ou 35 ml/kg e 1,5 ml/kcal ou 50 a 60 ml/kg para bebês. No período de lactação deve-se aumentar em 600 ml/dia a ingestão de líquido para produção de leite 
materno.




Um indivíduo que consome adequadamente frutas, legumes e verduras (F.L.V.), que contém água em grande quantidade, não necessita ingerir dois litros de água por dia, pois as frutas, por exemplo, podem ter até 95% do seu peso em água. Alimentos que possuem um teor elevado de água tem uma densidade energética menor, como os F.L.V. e a probabilidade de causar excesso de peso e obesidade é menor.


Embora seja verdade que um copo de suco de fruta substitui um de água, deve-se tomar cuidado, pois o suco de fruta contém um valor energético elevado. Mas como na vida, tudo é uma questão de necessidade, pois se a temperatura está mais quente ou a umidade do ar é baixa, necessita-se de maior ingestão líquida.


A atividade física é outro fator que promove grande perda de água pelo organismo, levando a um consumo aumentado de líquidos.


Portanto, uma dieta abundante em F.L.V. e alimentos ricos em fibras contribuirá para redução do consumo energético total, o que colaborará também para diminuir riscos de doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT).


A água, aliada às fibras, também favorece a saúde intestinal, evitando a constipação, principalmente, nos idosos.

Como se percebe, a água é de suma importância para o funcionamento adequando do nosso organismo. Sem dúvida, a melhor escolha é sempre a água pura, uma vez que não possui calorias, é de  baixo custo e não acrescida de aditivos.

domingo, 24 de outubro de 2010

E o coração vai bem?




                                                Aterosclerose 

As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade (32 %) no  Brasil. A faixa mais etária mais acometida é de 45 a 65 anos.

Entre as primeiras manifestações clínicas de doenças da artéria coronária está a angina, que é um sintoma de isquemia do miocárdio. E a causa mais comum da isquemia miocárdica é a doença  aterosclerótica da artéria coronária.

O desenvolvimento da aterosclerose está relacionada a alguns fatores como, sexo masculino, idade, hereditariedade, raça, tabagismo, idade avançada, dislipidemias, sedentarismo, obesidade, uso de medicamentos como anticoncepcionais e estresse emocional.



A formação da placa aterosclerótica caracteriza-se pelo acúmulo de material lipídico nas paredes das artérias provocando a diminuição do lúmem arterial e consequentemente  reduzindo o fluxo sanguíneo, causando os sintomas da angina. A evolução da placa aterosclerótica e formação de trombos coronarianos é a causa mais freqüente de infarto agudo do Miocárdio (IAM)

A redução do lúmem vascular acusados pelo trombo sobreposto à placa aterosclerótica torna o fluxo sanguíneo menor, levando à morte o tecido cardíaco.

Segundo o ministério de Saúde, um terço dos óbitos são causados por doenças cardiovasculares, consequencia entre outros fatores, das mudanças no comportamento alimentar, como aumento do consumo de gorduras saturadas, sal, açúcar e redução na atividade física cotidiana, baixo consumo de frutas, legumes e verduras.



A intervenção dietética pode oferecer oportunidades na redução do risco das doenças cardiovasculares. A contribuição de ingestão de vitaminas e minerais, como cálcio, magnésio, selênio, zinco entre outros estão ativamente envolvidos nos processos metabólicos que protegem ou mantém a integridade do endotélio, inibindo a progressão da aterosclerose.






Sem dúvida a medida de prevenção mais importante no desenvolvimento da aterosclerose é seguir uma dieta de baixo teor de gordura, consumindo principalmente os ácidos graxos insaturados, azeite de oliva, que tem baixo teor de colesterol.





Referência:
Guia alimentar para a população brasileira
COZZOLINO,S. M. F. Bidisponibilidade de Nutrientes. Ed.3° atual e ampl. Barueri, S.P: Manole, 2009.
COSTA, P. C. ; SILVA, C. S. e PIMENTEL, I. C. Terapia Nutricional Nas Doenças Cardiovasculares. In SILVA, S. M. C. e MURA, J. D. P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2007. Pg. 671- 692.

sábado, 16 de outubro de 2010

Cuidado com o sal




 Hipertensão




A hipertensão é um problema de saúde pública comum nos países desenvolvidos, quando não tratada leva a muitas doenças degenerativas, inclusive insuficiência cardíaca congestiva, nefropatia em estágio terminal e doença vascular periférica. Ela é com freqüência chamada de “matador silencioso” porque as pessoas com hipertensão podem ser assintomáticas por anos e por isso ter um acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco fatal.    Apesar de nenhuma cura estar disponível, a prevenção e o tratamento diminui a incidência da hipertensão e seqüelas da doença.
A ênfase nas modificações do estilo de vida tem dado à dieta um papel proeminente para a prevenção primária e controle da hipertensão.
Fatores Dietéticos
         Estudos provam que a mudança de quatro fatores dietéticos na prevenção primária são muito importantes  para o controle da hipertensão, os fatores em questão são: sobrepeso, alta ingestão de sal, consumo de álcool e inatividade física.
A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), é um plano alimentar de baixo teor de gordura rico em frutas, vegetais e produtos lácteos de baixo teor de gordura .

Esta dieta é usada tanto para a prevenção como para o controle da pressão sanguínea elevada. A adoção bem sucedida desta dieta requer muitas alterações comportamentais; duas vezes o número de porções diárias de frutas, vegetais e produtos lácteos; um terço da ingestão usual de carne bovina, carne de porco e presunto; metade do uso típico de gorduras, óleos e molhos de salada e um quarto do número de lanches e doces.


A restrição moderada de sal é recomendada para tratamento de hipertensão, pois  o íon cloreto com sódio eleva a pressão sanguínea .
A eficácia da redução de peso tem sido bem documentada em ambos hipertensos (moderados e graves), a perda de peso deve ser um adjuvante à terapia de drogas porque pode diminuir a dose ou o número de drogas necessárias para o controle a pressão sanguínea.
Atém disso a perda de peso diminui a pressão sanguínea significativamente mais do que uma dieta de baixo teor de sódio e alto teor de potássio, pois a perde de peso junto com o exercício aumentam a sensibilidade à insulina diminui os níveis de triglicerídeos e elevem o colesterol HDL .





Várias alterações de estilo de vida podem diminuir a pressão sanguínea e prevenir ou controlar a hipertensão, o controle de peso, a atividade física e uma dieta de baixo teor de gordura e rico em frutas, vegetais, alimentos lácteos sem gordura e nozes incorporados mostraram reduzir a pressão sanguínea.






Referência:
MAHAN, L.K e ASCOTT-STUMP, S. Krause, Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2005.

sábado, 9 de outubro de 2010

Hábitos alimentares e doenças






Obesidade e Diabete Melito tipo 2



Diabete Melito é uma síndrome metabólica causada pela ausência de insulina ou redução da sensibilidade dos tecidos à insulina.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas . Ao alimentar-se, o organismo transforma grande parte do alimento em açúcar (glicose) que o sangue levará para as células do corpo como energia. A insulina auxilia a entrada do açúcar nas células e controla sua taxa no sangue.

O Diabete Melito é a principal causa de doênça renal terminal, cegueira adulta, amputações não-traumáticas. Ela coopera para o aumento do risco de doenças cardiovasculares.

Todas as formas de Diabete Melito compartilham a hiperglicemia como característica comum, mas as causas variam.

O Diabete tipo 1, tem como característica a ausencia total de de secreção de insulina, geralmente é resultado de distúrbio auto- imune acometendo cerca de 10% dos pacientes com diabete.

O Diabete tipo 2 diferentemente do tipo 1, o paciente produz insulina, mas as células possuem resistência à sua acão, afetando aproximadamente 80 a 90% dos pacientes.
Em ambos casos ocorre alteração no metabolismo dos principais alimentos (proteínas, carboidratos e lipídios)

O diabete tipo 2 , frequentemente tem início em   adultos acima de 40 anos e obesos. A obesidade possui uma importante relação com a resistência insulínica, alguns estudos sugerem que existe menor número de receptores de insulina sobre tudo no músculo esquelético, fígado e tecido adiposo.

No estágio inicial, o Diabete tipo 2 pode ser tratado  apenas através de restrição calórica e redução de peso, não sendo necessário a utilização de insulina exógena. Porém quando a doênça se encontra em estágio avançado,  por exaustão do pâncreas em produzir insulina em grande concentração há necessidade de administrar insulina.




No tratamento do Diabete Melito tipo 2 geralmente é recomendado uma dieta equilibrada e saudável, prática de exercícios visando redução do peso e reverter  a resistência à insulina. 

Quando necessário o médico recomenda fármaco para aumentar a sensibilidade à insulina, nos casos mais graves é administrado insulina exógena.

Seguindo as orientações do médico e nutricionais é possível reverter os sintomas e danos causados por essa doença.



Referências:
KUMAR,V. et al. Robins patologia básica. Ed. 8° Rio de Janeiro: Elsevier, 2008
GUYTON, A.C. ; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Ed. 10°, RIO DE Janeiro: Guanabara Koogan. S.A, 2002




sábado, 2 de outubro de 2010

FIBRAS NÃO TEM NUTRIENTES, MAS É ESSENCIAL PARA A SUA SAÚDE.



Nos últimos anos as fibras ganharam destaque nas conversas e na mídia porque se descobriu que elas ajudam a emagrecer. Mas elas tem uma importância para a nossa saúde em geral que vai além desse fato.

As fibras alimentares estão presentes em vários grupos da Pirâmide dos Alimentos, principalmente nas frutas, legumes e verduras, cereais integrais, leguminosas e oleaginosas (castanhas).

As fibras podem ser classificadas de acordo com sua solubilidade em água:
Fibras solúveis:
Pectinas, gomas, mucilagens, ß-glicanas, algumas hemiceluloses, frutanos (FOS e inulina).
Fibras insolúveis:
Celulose, lignina, hemiceluloses.

As fibras insolúveis no trato gastrintestinal está ligado à aceleração do tempo de trânsito intestinal e aumento do bolo fecal.

As fibras solúveis estão relacionadas à redução da absorção de glicose e colesterol, produção de ácidos graxos de cadeia curta e redução do tempo de esvaziamento gástrico e trânsito intestinal.

As fibras auxiliam tratamento de DCNT (Denças crônicas não transmissíveis), pois ela produz vários efeitos fisiológicos. Estão relacionadas à prevenção de diabetes melito, doenças cardiovasculares, síndrome do cólon irritável, obesidade, e câncer de cólon retal, auxilia na perda de peso, aumenta a saciedade, promove redução do colesterol e triacilglicerol plasmáticos, previne a constipação intestinal e diminui a glicemia prandial entre outras funções.

O risco de doenças cardiovasculares diminui com uso de fibras estando aliado a fatores como atividade física, consumo de frutas e vegetais e diminuição  de ingestão lipídica.

O consumo de fibras deve ser de 25 g por dia, sendo que deve-se consumir aproximadamente 400g de  frutas e verduras. Deve-se  ingerir  água, no mínimo 2 litros por dia, o que auxilia o processo do trânsito intestinal, pois aumentar o consumo de fibras e não beber água pode provocar o ressecamento das fezes.

Os alimentos ricos em fibras devem estar diariamente na sua dieta, pois contribuem para a sua saúde.


PHILIPPI, S.T. Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. São Paulo: Manole, 2006